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Como Calcular o Estoque e o CMV: Guia Completo com Exemplos Reais

Se você é empreendedor, gestor de um pequeno negócio ou até mesmo um contador em início de carreira, entender o cálculo do Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) é uma habilidade essencial para manter a saúde financeira da sua empresa — e ainda mais importante para evitar problemas com o fisco.

O controle de estoque está diretamente ligado à formação do CMV e, por consequência, impacta seu lucro bruto, suas margens e até o quanto você paga de imposto.

Neste guia direto ao ponto, você vai aprender como calcular o Estoque, entender os conceitos de estoque inicial, compras e estoque final, e aplicar tudo isso com exemplos reais.

Dica bônus: no final do post, você pode baixar gratuitamente uma planilha prática de CMV desenvolvida pela Sulcontábil SC.

2. O que é o CMV e por que ele é tão importante?

O Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) é uma das métricas mais fundamentais da contabilidade de uma empresa que lida com produtos físicos. Ele representa o custo real dos itens que foram efetivamente vendidos durante um determinado período.

Em outras palavras, o CMV mostra o quanto você gastou para colocar os produtos nas mãos dos seus clientes. Esse dado é essencial porque impacta diretamente o cálculo do Lucro Bruto — que nada mais é do que:

Lucro Bruto = Receita de Vendas – CMV

E por que isso importa?

Porque o Lucro Bruto é o ponto de partida para se entender a rentabilidade do seu negócio e tomar decisões sobre preço, volume de vendas, custos fixos e margem de contribuição. Se o CMV for mal calculado, tudo o que vem depois — como o Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE) — também estará comprometido.

Além disso, o CMV é um elemento-chave no planejamento tributário. Dependendo do regime de tributação da empresa (Lucro Real, Lucro Presumido ou Simples Nacional), ele pode reduzir a base de cálculo dos impostos, o que gera economia e conformidade fiscal.

Contadores consultivos experientes usam o CMV como base para aconselhar estrategicamente seus clientes, especialmente no comércio e distribuição. É exatamente esse tipo de orientação que a Sulcontábil SC oferece aos seus parceiros: mais do que contabilidade, inteligência de negócios.

3. Entendendo o Estoque: Inicial, Compras e Final

Antes de calcular o CMV, você precisa entender os três componentes básicos que o formam. São eles:

1. Estoque Inicial

É o valor total dos produtos disponíveis no início do período de apuração (normalmente no começo do mês ou trimestre). Esse valor geralmente vem do balanço final do período anterior.

2. Compras

Incluem todos os produtos adquiridos durante o período para revenda ou transformação. Isso inclui:

  • Compras diretas
  • Fretes relacionados à aquisição
  • Impostos não recuperáveis (quando aplicável)
  • Descontos condicionais e abatimentos (caso estejam incluídos na nota fiscal)

Importante: não confunda compras com despesas! Aquisição de mercadoria vai para o estoque, não para o resultado direto.

3. Estoque Final

É o valor das mercadorias que permanecem no estoque no fim do período. Esse valor geralmente é obtido via inventário físico ou por meio de sistemas de gestão (ERP).

Agora, aqui está a grande sacada para entender o CMV de forma intuitiva:

“É a diferença entre o que entrou e o que sobrou que forma o custo do que realmente foi vendido.”

Imagine o seguinte cenário: você começou o mês com R$ 10 mil em estoque, comprou mais R$ 25 mil e terminou o mês com R$ 8 mil em mercadorias. O que saiu da loja — ou seja, o que você vendeu — custou R$ 27 mil. Esse é o seu CMV.

4. Fórmula do CMV + Visual e Analogia Prática

A fórmula clássica para calcular o Custo das Mercadorias Vendidas é simples:

CMV = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final

Visualizando:

CMV = EI + C – EF

Onde:

  • EI = Estoque Inicial
  • C = Compras
  • EF = Estoque Final

Analogia prática:

Pense em um supermercado. No começo do mês, ele tem R$ 10.000 em mercadorias (Estoque Inicial). Durante o mês, compra mais R$ 25.000 em produtos. No fim do mês, ainda tem R$ 8.000 de estoque na prateleira.

Logo:

CMV = 10.000 + 25.000 – 8.000 = R$ 27.000

Esse valor de R$ 27.000 é o custo dos produtos que efetivamente saíram do estoque — seja por venda, consumo ou perda.

Saber isso com precisão é vital não apenas para entender o desempenho da empresa, mas também para calcular corretamente os impostos e evitar prejuízos financeiros causados por falhas de controle.

5. Exemplo Prático: Passo a Passo com Números

Nada melhor para entender o CMV do que ver ele aplicado na prática. Vamos usar dois exemplos: um simples (comércio varejista) e outro mais completo (distribuidora com frete e impostos).

Exemplo 1 – Comércio Varejista

Imagine uma loja de roupas que opera no regime do Lucro Presumido. No mês de maio, ela teve os seguintes dados:

  • Estoque Inicial: R$ 10.000
  • Compras no mês: R$ 25.000
  • Estoque Final: R$ 8.000

A fórmula:

CMV = EI + Compras – EF
CMV = 10.000 + 25.000 – 8.000
CMV = R$ 27.000

Isso significa que a loja vendeu mercadorias que custaram R$ 27 mil no total.

Se o faturamento foi de R$ 50.000, o Lucro Bruto será:

Lucro Bruto = Receita – CMV
Lucro Bruto = 50.000 – 27.000 = R$ 23.000

Esse resultado vai impactar diretamente o cálculo dos tributos sobre o lucro e, principalmente, a tomada de decisão da empresa.

Exemplo 2 – Distribuidora com várias entradas e custos indiretos

Agora, pense numa distribuidora que comprou mercadorias de diferentes fornecedores, incluindo custos adicionais:

  • Estoque Inicial: R$ 20.000
  • Compras:
    • Fornecedor A: R$ 15.000
    • Fornecedor B: R$ 10.000
    • Frete sobre compras: R$ 2.000
    • ICMS ST pago na entrada (não recuperável): R$ 1.500
  • Estoque Final: R$ 18.000

Vamos somar todas as aquisições relacionadas à mercadoria:

Total de Compras = 15.000 + 10.000 + 2.000 + 1.500 = R$ 28.500

Agora aplicamos a fórmula:

CMV = 20.000 + 28.500 – 18.000
CMV = R$ 30.500

Nesse cenário, mesmo com maior controle e variedade de custos, o CMV continua sendo o valor de custo real dos produtos vendidos no período.

6. Como o CMV impacta a apuração de impostos e o DRE?

A correta apuração do CMV é essencial não só para o controle gerencial, mas principalmente para a conformidade fiscal.

No DRE:

O CMV aparece logo após a Receita Bruta. Ele é usado para calcular o Lucro Bruto, que depois será reduzido por despesas operacionais para se chegar ao Lucro Líquido — o dado final que será usado para definir a base de cálculo de impostos, principalmente no Lucro Real.

Impacto nos Regimes Tributários:

Lucro Presumido:

O CMV não interfere na base de cálculo principal (que é um percentual fixo da receita), mas pode ser usado para apurar margem e justificar planejamento tributário, além de orientar ajustes fiscais e operacionais.

Lucro Real:

Aqui, o CMV é crucial. Qualquer erro no cálculo do custo das mercadorias vendidas pode gerar:

  • Pagamento indevido de impostos (se o CMV for subestimado)
  • Risco de autuação fiscal (se o CMV for inflado artificialmente)
  • Perda de margem e decisões comerciais erradas

Simples Nacional:

Apesar de o CMV não afetar diretamente os tributos (que são sobre o faturamento), entender sua composição ajuda o empresário a conhecer sua margem real de lucro, algo essencial para decidir se vale a pena continuar nesse regime.

Resumo: O CMV influencia tanto o lado financeiro quanto o lado fiscal da empresa. E quando o empresário tem uma contabilidade estratégica ao lado — como a Sulcontábil SC — esse número vira uma ferramenta de gestão e não apenas uma obrigação fiscal.

7. Erros Comuns no Cálculo de Estoque e CMV

Mesmo com uma fórmula simples, o cálculo do CMV é um dos pontos onde muitos empresários (e até contadores iniciantes) cometem falhas sérias. Vamos aos mais comuns:

1. Confundir compras com despesas

Um erro clássico: lançar compras de mercadorias como despesas operacionais no DRE. Isso distorce totalmente o resultado contábil e pode levar à bitributação ou autuações em regimes como o Lucro Real.

2. Não atualizar o estoque final

Se o estoque final está desatualizado (ou estimado com base em “achismos”), o CMV será automaticamente impreciso. O resultado? Um lucro fictício — e impostos pagos além do necessário.

3. Ignorar perdas, quebras ou extravios

Se produtos foram danificados ou furtados, eles saíram do estoque, mas não foram vendidos. Se você não considerar isso, o CMV será inflado. Isso também pode ser corrigido com ajustes contábeis e controles internos bem-feitos.

4. Não controlar fretes e impostos na composição do custo

Fretes, seguros e ICMS ST (quando não recuperável) fazem parte do custo da mercadoria. Ignorar esses valores significa subestimar o CMV e inflar o lucro bruto artificialmente.

💡 Dica: Se você está cometendo algum desses erros, não se preocupe. O importante é corrigi-los com apoio de uma contabilidade parceira que vá além do básico — e a Sulcontábil está pronta para isso.

8. Dicas Práticas para Pequenos Empresários

Se você é um pequeno empreendedor e quer evitar dores de cabeça com o CMV e o estoque, siga essas boas práticas:

1. Use um sistema de gestão ou uma boa planilha

Não dá mais para controlar estoque em papel ou “na cabeça”. Softwares simples (como Bling, Tiny ou Omie) ajudam a manter controle em tempo real. Se estiver no começo, uma planilha estruturada já resolve — e você pode baixar uma gratuita no fim deste post. Por isso, existem cursos de Como calcular o Estoque, gratuitamente para que você possa se aperfeilçoar

2. Atualize seu estoque com frequência

O ideal é realizar inventários mensais (ou no mínimo trimestrais). Isso garante que o estoque final refletirá a realidade e o CMV será calculado corretamente.

3. Conte com um contador consultivo

Se o seu contador só envia guias e não explica os impactos do CMV no seu DRE, talvez seja hora de buscar uma contabilidade mais estratégica.

Aqui na Sulcontábil SC, ajudamos nossos clientes a entender não só quanto venderam — mas quanto ganharam de verdade, com base em dados reais.

9. Conclusão

Controlar corretamente o estoque e calcular o CMV é muito mais do que uma obrigação contábil. É uma forma de entender a real performance da sua empresa, tomar decisões mais inteligentes e até pagar menos impostos — tudo dentro da legalidade.

Você aprendeu neste guia:

  • O que é CMV e por que ele importa
  • Como calcular usando a fórmula clássica
  • Exemplos práticos com números reais
  • Como o CMV afeta o DRE e os impostos
  • Os principais erros a evitar
  • E o que fazer, mesmo sendo um pequeno empresário

🎁 Agora é sua vez de aplicar:

👉 Baixe gratuitamente a planilha de cálculo de CMV desenvolvida pela equipe da Sulcontábil SC.
Ela vai ajudar você a organizar seus dados de forma prática, evitar erros e tomar decisões mais seguras no seu negócio.

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